Le Coiffeur
Já procurei, procurei, mas nunca encontrei um gibi antigo no qual li, certa feita, uma história hilária do sempre mal humorado e impagável Pato Donald.
Na tal tirinha o pato mais mais chato e azarado de Patópolis, pra variar, tava duro e inventou um modo criativo pra ganhar dinheiro: se passando por um cabeleiro famoso, montou um salão de beleza grã-fino.
As madames logo descobriram o tal endereço do coiffeur e começam a aparecer em pencas, com seus carrões, jóias, dinheiro, pelancas e muita vontade de voltar a serem jovens e ficar, a qualquer modo, belíssimas.
Donald não se dá por vencido e, com muita pompa e circunstância, dá uma de mago da beleza, deixando as dondocas todas, maravilhosas.
As velhas senhoras ricas saem satisfeitíssimas com a visita ao novo e talentoso profissional da estética. Rugas e papadas, ele as resolveu com alguns grampos de roupa, estrategicamente aplicados nas nucas, que ao esticarem a pele, tornou os rostos de todas, angelicais.
Pra dar um refinado acabamento facial, nada melhor que a tradicional massa de vidraceiro, que escondendo qualquer imperfeição, proporcionou uma tez aveludada e saudável a quem, há muito, já não lembrava o que foi isso um dia...
É claro que no final, aquele tratamento totalmente alternativo, nada ortodoxo e absolutamente suspeito dá errado e a história termina com as antes maravilhosas, translubrantes e satisfeitas clientes correndo atrás do charlatão querendo matá-lo com muita gana do tal pato, que desesperadamente, corre.
Tenho certeza que, mais dia, menos dia, quando menos esperar, ainda encontro esse gibi por aí.
